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Missionários leigos

Santo Arnaldo Janssen e os leigos

A presença de leigos e leigas nas congregações fundadas por Santo Arnaldo Janssen vem desde o início de sua obra missionária, em Steyl, na Holanda, onde tudo começou:

  • em 1875, com a fundação da Sociedade do Verbo Divino (SVD);
  • em 1889, com a Congregação das Missionárias Servas do Espírito Santo (SSpS);
  • em 1896, com a Congregação das Servas do Espírito Santo da Adoração Perpétua (SSpSAP).

 

Santo Arnaldo, em sua relação com os leigos e leigas, descobriu um amplo campo de ação. Quando ainda era professor de Matemática e Ciências, em Bocholt (Alemanha), foi nomeado diretor diocesano do Apostolado da Oração. Durante suas férias, visitava as paróquias, distribuindo o boletim “O pequeno mensageiro do Coração de Jesus”. Sentindo a importância desse apostolado para a vida de fé dos cristãos, Santo Arnaldo decidiu dedicar-se inteiramente à propagação da devoção ao Sagrado Coração, para isso, renunciou a seu cargo de professor.

Para dar início à sua obra missionária, Santo Arnaldo contou com a ajuda financeira e o apoio de muitos leigos e leigas, especialmente por intermédio dos boletins que publicava. Depois da fundação da Congregação do Verbo Divino, ele deu grande ênfase à formação dos leigos. Prova disso foi a abertura da Casa Missionária para a prática de retiros (ou exercícios espirituais), oferecidos não apenas aos candidatos ao sacerdócio, mas também a leigos casados que buscavam formação e orientação.

Com a fundação da Congregação das Missionárias Servas do Espírito Santo, essa atividade de formação espiritual foi ampliada também para as mulheres. As crônicas das irmãs contam que elas deixavam seus quartos e iam dormir no sótão, para que as leigas tivessem onde ficar.

Por intermédio das publicações e dos exercícios espirituais, Santo Arnaldo foi despertando nos leigos e leigas sua responsabilidade missionária. Aos poucos, muitos deles foram se identificando com a espiritualidade e o carisma missionário nos diversos campos de missão das três congregações.

Surgimento das associações leigas

Em 1921, pessoas amigas das irmãs começaram a Liga Auxiliar do Espírito Santo. O objetivo era conhecer e viver a espiritualidade das missionárias servas do Espírito Santo.

Em 1957, outro grupo fundou a Associação do Espírito Santo, cuja finalidade era mais social. A ideia era conhecer melhor a obra missionária para contribuir nos aspectos material e financeiro.

Em 1978, as duas associações se fundiram, dando origem à Associação Missionária do Espírito Santo (AMES), tentando unir espiritualidade e ação social. A AMES se desenvolveu em muitos países, adaptando-se à realidade de cada local. De modo geral, era ligada às irmãs SSpS. Procurava difundir a devoção ao Espírito Santo e despertar o entusiasmo e o compromisso dos associados pela missão.

Em setembro de 1990, membros da AMES de diferentes países se reuniram em Nemi, Itália, para a 1ª Assembleia Internacional da AMES. Nesse encontro, houve uma avaliação da caminhada histórica e a revisão dos objetivos e da identidade da associação, traçando pistas para o futuro. Nessa assembleia, decidiram chamar-se “Missionários Leigos do Deus Uno e Trino”. Os principais motivos para essa mudança foram:

 

  • A PERTENÇA: o desejo de pertencer, de fato, à grande família de Arnaldo Janssen (não apenas estarem ligados às SSpS), mas ser um quarto ramo, ao lado das três congregações religiosas. Assim, pertencendo à Família Arnaldina, partilhar e viver a espiritualidade trinitária, bem como participar de seu carisma missionário.
  • O NOME: “Missionários Leigos de Deus Uno e Trino” refere-se à espiritualidade trinitária e ao carisma missionário. Também os leigos e leigas são chamados e enviados a tornar o amor de Deus Uno e Trino conhecido, amado e glorificado por todas as pessoas.

 

No fim da assembleia, os participantes elaboraram um documento dando bases para a definição de sua visão, identidade e missão. Também recomendaram o estudo e o aprofundamento da espiritualidade e do carisma da Família Arnaldina, bem como a clarificação dos objetivos e da identidade da nova organização leiga (fonte: Subsídios de estudo dos Missionários Leigos de Deus Uno e Trino, nº 1).

 

Rezemos para que a pequena semente floresça e se torne um ramo frondoso, dando muitos frutos nesta grande árvore que é a Família de Santo Arnaldo Janssen, neste momento histórico, em que toda a Igreja da América Latina é convidada a olhar além das próprias fronteiras, para tornar-se uma Igreja Missionária: “passar do receber ao dar de sua pobreza”.

As missionárias e os missionários leigos de Deus Uno e Trino são chamados a colaborar nessa obra da Igreja missionária, cada qual segundo suas possibilidades e de acordo com sua vocação pessoal. Juntos, procuremos realizar o lema da Família de Santo Arnaldo:

Finalidade

A Associação dos Missionários Leigos de Deus Uno e Trino é de caráter missionário, internacional, formada por homens e mulheres que, em seu dia a dia, na família, na paróquia, na profissão e no lazer, procuram viver conscientemente sua vida cristã, testemunhando sua fé e seu amor ao Deus Uno e Trino, numa dimensão missionária.

Tem sua origem e encontra sua força no amor de Deus que vem a nosso encontro, por Jesus Cristo que nos transforma e nos faz participar de sua missão.

Confiantes na direção do Espírito Santo, procuram estar a serviço do Evangelho e se orientam pela Palavra de Deus. Ao mesmo tempo, cada um, em sua vocação pessoal e realidade, empenha-se na vivência da graça e do compromisso do batismo e da confirmação.

Estão a caminho, de mãos dadas com a Família Arnaldina, sabendo-se amados pelo Pai, plenificados e guiados pelo Espírito, participando da missão de Jesus na salvação do mundo.

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